Monday, August 20, 2007

Lost Highway, David Lynch (1997)


Lost Highway é bom um exemplo de que cinema nada mais é do que luz e som. David Lynch trabalha estes dois simples elementos com maestria e economia extrema, utilizando apenas elementos essenciais para a trama, vários momentos de tela escura ou pouquíssima luz, ou de silêncio ou sons caóticos. As transições em preto e principalmente as que deixam um detalhe, ou a expressão do personagem marcada na escuridão são simplesmente fantásticas e perfeitas para a história. Para aqueles que dizem que não entedem nada do filme, simplifico a coisa aqui: a) o diabo com a câmera na mão; b) o começo é o final; c) nunca confie numa mulher.

3 comments:

Anonymous said...

Sei que existe gente estranha nesse mundo, mas tomar a bizarrice como método e recobri-la duma estética entre o expressionismo e o surrealismo, cheira, na verdade, a um oportunismo digno de quem, afinal, também assinou umas tretas publicitárias. Ok, o filme é interessante para os cinéfilos em geral, por uma ou duas cenas, boas soluções visuais e duas mulheres fantásticas (a cena mas interessante para mim é, de longe, o teste da aspirante a atriz, que representa um trecho do roteiro de maneira diametralmente oposta à ensaiada anteriormente por ela mesma, creio que na cozinha ou com uma faca na mão, enquanto no teste ela se achega ao outro ator, suspira sua traição, põe a mão dele na bunda dela, etc., bom exemplo de como a interpretação muda o chaveamento das palavras), mas talvez fique mais para a história como uma das melhores peças publicitárias já feitas (como Veludo Azul e sua escrotíssima propaganda de Heinneken envolta em um melodrama peseudo-pós-moderno) em longa-metragem

Maledictu said...

Prezado, parece-me que você confundiu o Lost Highway (Estrada Perdida em português, se não me engano) com Mulholland Drive, o qual devo assistir e comentar esta semana. De qualquer forma o comentário é válido, apenas ressalvo que Heinneken é minha cerveja predileta.

Biu said...

Eu fico com a opção A).