Cabe pois num vagão
toda a nossa viagem.
Mas é cinza e carvão
amor, e sua imagem.
Eis que range nos trilhos
uma forma de adeus.
Os cuidados são filhos
da tristeza de um deus.
Entre as rosas do carro
ouça a terra que chama.
A nós, seres de barro,
mais fina é sua gama.
Ó trem, fuga no espaço,
chama, canto, galera!
Os mil poderes do aço,
para mim os quisera.
Monstro azul e cativo,
nossa pressa nostálgica
faz de ti um ser vivo,
errante flauta mágica...
Tuesday, January 15, 2008
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