
"This fellow Keaton seems to be the whole show."
Essa é uma das frases de um dos curtas incluídos no DVD de O General, chamado The Play House, no qual, matando o Eddy Murphy de inveja, Buster Keaton interpreta sozinho toda uma banda, o maestro, o ajudante de palco, e também o público, sempre com resultados cômicos, explorando as possibilidades dos nascentes efeitos especiais. Mas vamos ao General. Considerado um dos melhores filmes já feitos, O General é uma comédia bem ao estilo Buster Keaton, com cara de superprodução. As cômicas perseguições a pé viram perseguições de trem!
Olha o trem! Aliás, o General é o nome da locomotiva que o personagem principal dirige.
Ainda mudo e sem cor, o cinema já começava a explorar suas possibilidades técnicas, tanto de efeitos como sobreposição, como de edição de imagem. Buster Keaton é um pioneiro no uso destas técnicas para resultados cômicos, inusitados. Mas a força de O General está, não só no talento de cineasta e ator de Buster Keaton, que parece capaz de fazer qualquer coisa, mas principalmente na elaborada trama. Para um filme mudo e que usa o recurso do texto minimamente, O General é capaz de narrar uma história que inclui estratégias de guerra, perseguições de trens e claro, uma história de amor, tudo dentro da proposta cômica de Keaton, com seus truques e tiradas que seriam depois inspiração para Chaplin e outros.
O General, apesar de mudo e sem cor, é diversão garantida, como os demais filmes de Keaton, que realmente parece ser o show completo.
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